sábado, 23 de outubro de 2010

Orgia agendada para dia 13 na Igreja da Graça

Há demasiada gente arruinada no seu inferno pessoal, devido a uma “traição amorosa”. Se é o teu caso peço que não leias esta texto, não te vai acrescentar nada e poderá ainda contribuir para mais revolta.

O sexo é um mistério revelado na filosofia do tantra. É criação dinamizada, ostensiva e fulcral no crescimento de qualquer pessoa. O que acontece normalmente nesta sociedade de bebedores de bicas é o domesticar, de tal forma absurda, que se pode tornar tedioso, e então os casais vão ao baú de experiências e imagens de outras mulheres e homens, para sentir tesão. Exactamente, a força criadora tornou-se lugar-comum, e quando não resgatam a novidade mentalmente, dado adquirido lá se ganha coragem para uma aventura com o/a amante. Normalmente tal façanha é moralmente desconfortável a primeira vez.
Estamos a iludir quem? a natureza? Não podemos desenraizar a natureza, mas acima do solo fazemos tudo dela, pintamos cores diferentes, cortamos rente, tapamos com um monte de merda (caso dos padres).
Enquanto a paixão tende a ser mais selectiva unindo esforços num único individuo, o sexo tende a constantemente diversificar o seu objecto de desejo. Nem a paixão ou o sexo são acontecimentos previsíveis como os ponho. há quem se apaixone por varias pessoas ao mesmo tempo e há quem só tenha desejo sexual por uma pessoa. Amor é algo que falo com reserva porque não completei o meu curso de vida no Tantra.
O que está aqui a sabotar a harmonia é o ciúme, o sentimento de posse. O ciúme não é inevitável em relações intensas, sobrevive de inseguranças profundas, de lacunas que querem possuir algo, de uma intimidade mal resolvida. É raro a ausência de ciúme, mesmo nas pessoas mais confiantes e completas de estima, há uma pontada teimosa remoendo com a possibilidade da perda. Infelizmente temos poucos exemplos na nossa civilização de tais pessoas, ao ponto que tornamos a ideia de ciúme inerente a todo o ser humano. Estou agora mesmo a observar a meninice das pessoas: Um canário amarelo lindo, que o dono gostou tanto dele que o pôs numa gaiola, não vá ele usar as asas que estão lá como ornamento.
É de liberdade e aceitação e amor, de explosões e implosões de dar desmesuradamente porque amamos. O amor mais sublime não tem território, o mundo está lá para lhe ofertar ouro, incenso e mirra. Tenho sempre que recorrer a exemplos porque somos ser condicionados de uma sociedade de perspectiva estreita: Os casais que fazem swing, é um exemplo de pessoas que souberam não cair na monotonia, ao invés enriqueceram a sua união de uma nova vivacidade. Já para não mencionar algumas tribos em que o conceito de intimidade nem existe, pois não há pudor, que é um derivado do medo, filho da repressão. O mundo do sexo é vasto, não por acaso que me expressei como sendo uma força criadora.

Coloco-me numa escadaria larga que conflui para uma avenida abastada de carne humana, e vou espreitando a mente dos transeuntes:
*um homem não enfia o dedo no cu! *e não é que a puta me meteu os cornos*aquele gajo é um chonas*aquela gaja é uma vaca*no primeiro encontro nunca!*Quero tanto ter um orgasmo, só um…*Foda-se trocou-me por um monhé*não confio em ninguém*

Facada, traição, cornos… criaste o teu próprio mundo bélico contra o que se tornou o teu inimigo, o que dizias amar; tens-lhe amor, não O tens, nem a sua liberdade.

Não há absolutamente nada de errado com o sexo. De prazer ao amor, nada nele há de “impuro”. É uma energia base do ser humano. Um corpo tornado sensual. O corpo é um templo de prazer com o seu misticismo peculiar. Se concordas que o sexo é natural como uma planta, porquê tornar a planta num segredo, ou tabu, ou conversar baixinho para Deus não ouvir?

A ORGIA está agendada para dia 13
O padre vai atribuir um prémio ao preservativo mais original que é enfiá-lo no seu cu.

sábado, 9 de outubro de 2010

brinquedos

O desejo aliado à vontade,
e éramos crianças

Ora o artificial é usar a vontade para desfigurar o que brota imaculado da fonte, o desejo.

Nem por certo o artificial acelerou a evolução

Drogas para sentir algo do que é a evolução
Drogas para reparar algo do que a vontade arruinou
A nossa grande liberdade de conceber o inferno
A nossa grande possibilidade de não saber como

A minha delícia de ver possibilidades…