terça-feira, 28 de abril de 2009

Anti-Intelectual

O sol levanta comigo.
Comer tremoços salgados com casca e em molhe. Limpar a mão ao pijama cinzento. Um quadro de flores exóticas. A mão sente a areia quente da praia melhor que um abraço. Palavras rumor ignoro. Não levantar e adormecer. Não me lembrar dos sonhos. Acender um cigarro que dura o suficiente. Espreguiçar amplo e adormecer de novo. Acordar fresco mas tomar café. Não bocejar. Não ir à água. Olhar o céu e pontinhos brancos bailam descoordenados.
Hoje fui ao bar do hotel e é noite de karaoke. Não pensei nisso, apenas fui. Mal olhei as pessoas e bocejei sem tapar a boca com as mãos. Adoro putos. Não havia conversa mas também não queria falar. Não olhava para o palco onde ontem houve show de papagaios. Depois olhei e estava uma mulher boa super a vontade. Não cocei a cabeça e olhei a parede amarela. Ouvia. A minha prima pré-adolescente começou a fazer palhaçadas. Sorri sincero mas não prestei muita atenção. As luzes ficaram mais fortes e ceguei temporariamente. Não olhava para a parede. Mudei de sofá e prestei atenção ao karaoke como toda a gente. Depois de “where is my mind?” Saí.

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